segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

brasil é um país de palhaço

O palhaço compra empresas por milhões, vende-as por uma penca de bananas, fica com o troco e diz que não há nada. O palhaço compra ações não cotadas, em um ano consegue que rendam 137,5 por cento e acha que está tudo bem.
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está sendo escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias, maiorias absolutas. O palhaço é absoluto e absoluto a ponto de colocar notícias nos jornais, nos tornando ainda mais descrentes.
O palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo, porque está por todos os lados. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores, seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo, seja a instaurar processos, seja a arquivar processos.
Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com verbas públicas. E ele se vende por isso, vende-se por qualquer preço. O palhaço é covarde, um covarde impiedoso. Depois ou diz que não fez nada, ou pede desculpa. O palhaço não tem escrúpulos.
O palhaço está em comissões que tiram conclusões, depois diz que não concluiu, escondendo-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um débil mental no Congresso, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas.
O palhaço faz maus orçamentos e depois os retifica. Diz que não dá dinheiro para desvarios mas depois dá porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre, é obediente, de uma sujeição quase medieval.
O palhaço rouba dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou, quer que se finja que não se viu nada. Depois diz que quem viu o insulta porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há de acabar como acaba todo o mal. Mas antes, ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de qualquer coisa, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer.
O palhaço vai fazer muito barulho com seus pandeiros carnavalescos, saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, gabinetes e presidências, roubando e violando porque acha que pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir, violar e roubar.
E com isso o palhaço tem crescido e ocupado espaço e vai perdendo cada vez mais a vergonha, porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa e se tornou político.
Este é o país do palhaço. Nós é que estamos sobrando. E continuaremos sobrando enquanto o deixarmos aqui estar. A escolha é simples: ou nós, ou o palhaço.