segunda-feira, 12 de julho de 2010

y a mucha honra maria la del barrio soy

As coisas estão estranhas. Sempre foram, a bem da verdade, ou talvez sejam demasiado simples para as entender (ou querer entender). Nem sequer sei o que sinto, quero sentir ou devo sentir. Neste momento vejo tudo em nevoeiro. Sinto tudo em nevoeiro também. Porque pior que se turvar a visão é tolhir o coração.

E porque estou farta de filmes, de coisas complicadas e de utopias, mesmo que não sejam filmes, utopias ou complicações. Até de mim mesma estou farta. Nem que seja por saber que se fosse outro eu já teria resolvido isto de outra maneira. Mas conheço-me o suficiente para dizer que sabia desde o primeiro instante que as coisas iam acabar assim. Acabar? Expressão errada. Iam chegar a este ponto.
Não há culpa. Mas também não há inocência. Intimamente, eu sempre tive uma certeza discreta que isto só poderia resultar em um esplendoroso fosso de merda, comigo atolada até as orelhas. E bem aqui do alto do meu egoísmo, egocentrismo, melancolia e dramatismo, eu pergunto: porra, por que é que tudo tem que ser tão complicado, confuso e vertiginoso?
Está decidido! Vou vender o argumento central da minha vida para uma novela do SBT.