quarta-feira, 29 de outubro de 2008

parecer eleitoral

O aspecto mais lamentável do dia eleitoral é o resultado do Custódio. Eu sei que a direita está quase toda radiante com a humilhação da Margarida. Mas a humilhação dela é preocupante apenas para a própria candidata e para o seu partido. A eleição de Custódio é preocupante para a cidade inteira.
Os 51,82% dos votos premiaram o pior dos 6 candidatos, o mais despreparado e o menos alicerçado num projeto coerente. Custódio avançou por um orgulho ferido aliado ao jogo sujo e pouco mais. Demonstrou uma aflitiva falta de conhecimento de todas as matérias, nem sequer sabia responder sobre seus mandatos anteriores. E fez uma campanha que reuniu o pior da direita (o tradicionalismo bocó) e o pior da esquerda (a retórica grandiloqüente).
Nada mudou, a incompetência é a mesma: a do futuro prefeito e de quem o elegeu. Mas que merda.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

o comedor - parte 2

A situação exposta no post anterior foi mesmo chata. Mas se calhar não me fiz entender muito bem da primeira vez. É natural, já que eu tenho esta mania estúpida de achar que estou me dirigindo à pessoas minimamente inteligentes. Aqui vai outra tentativa com uma pitada de psicanálise agora.
Eu o entendo porque sou bastante compreensiva com estas questões. Entendo no sentido de que ele precise se auto-afirmar a qualquer custo por causa do seu descarado trejeito abichanado. O fato de eu compreender a feminilidade atrevida dele, não significa que eu vá deixar isso passar despercebido por aqui, porque um sujeito que faz este tipo de coisa, digamos a verdade, é um palhaço.
Mas é muito triste que os homossexuais se vejam forçados a encapotar sua paneleirice, principalmente se para isto acontecer, eles tenham que atentar contra a honra dos outros. Portanto, eis um apelo geral.
Bichinhas, relevai-vos sem medo. Por duas razões: primeiro, rendem-me mais alvos de chacota. Segundo, vocês são meus Cavalos de Tróia para aqueles que não gostam de dar a bunda. Quanto mais de vocês se revelam, mais eu posso chamar outros à discussões pré-sexuais, afastando-os do lado negro da força alegando que dar o cu deforma o andar e por aí vai.
Foda-se. Eu consigo reconhecer um pedido de ajuda quando vejo um.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

o comedor

Havia prometido a mim mesma que iria falar sobre um chupa-picas que resolveu se auto intitular comedor. Mas essa é uma tarefa pesada e talvez eu faça em fascículos, porque há muito para se dizer sobre o abocanhador de nabos. E a primeira coisa que deve ser dita é a seguinte: é por causa de paneleiros como esse que o país não avança.
Em segundo lugar, devo esclarecer que não ligo para o fato de um cara ser ou não comedor, aliás, no que concerne a foda, sou uma liberal. Acredito na liberdade individual, acredito na responsabilidade de cada um perante os outros. No fundo, usando um clichê, sei que a minha liberdade acaba onde começa a do outro. Por isso fico inconformada quando vejo uns merdas desse gabarito, fazendo frente a mim e aos amigos meus.
Além disso, todo o mundo está ciente que um homem de verdade não precisa alardear suas fodas, ou seja, não há necessidade de gritar para os quatro cantos do mundo que ele come a torto e a direito. Isso diminui as suas chances de copulação, porque nenhuma mulher quer fornicar com galinhas e fofoqueiros.
Visto isso, vale ressaltar que não há atitude mais homossexual do que essa de colocar fotos no Orkut dos amigos juntinhos chamando-os de comedores. Ora, das duas uma: ou os amigos comem o cu dele ou eles comem o cu uns dos outros. Francamente Sr. Fodilhão, mas que merda de mariquice é essa?
Estou fora de mim com este suga-pepinos enrustido. Vou acalmar-me um bocado e já retorno a este assunto.

sábado, 18 de outubro de 2008

recomendações

Idiotas avulsos me perguntam: "Sarah, qual é, para você, o tipo de leitura que proporciona maior possibilidade fodenga?". Esperam que eu, qual Dr. Jairo Bouer, desande a recomendar livros que, uma vez conhecidos, sirvam para impressionar tanto mulher literata como também analfabeta.
Ora, do Jairo, só gostaria de ter a sua credibilidade, que atribui ao retardado enormes potencialidades no campo afetivo e a inevitável conseqüência de ter suas merdas divulgadas em tudo quanto é lugar.
Assim sendo, não recomendo que leiam as histórias de um Dan Brown, nem as chatices de Nicholas Sparks. Tampouco as ordinarices dum doutorzinho Bouer da vida ou as repetições senis do Paulo Coelho. Nada disso me serve e tapados que se umedecem à simples alusão destes autores, não prestam grande coisa. Foda-se, não prestam mesmo.
O que eu posso indicar como leitura fodenga eficaz é a leitura da necrologia dos jornais. Meu vizinho faz isso. Gosta de saber quem morreu para ir visitar a família, segundo ele, "gente enlutada é gente carente de consolo", e há a hipótese de sacar uma viúva ou uma órfã. Além disso, ele garante que "lágrimas de pesar sempre dão bom lubrificante".

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

o nada

Sinto-me só. Como um grão de areia numa praia enorme, como uma folha numa floresta vasta. Rodeada por todos e por ninguém. Por tudo e nada. Existem folhas da minha árvore e grãos da minha praia que se preocupam em me ver feliz, mas do que vale isso se a raiz e o mar não percebem a minha solidão?
Qual é a razão que levaria essa tristeza a me acompanhar tão intensivamente? Imploro ajuda mas só consigo obter ausência. Ponham fim a isto! Desisto, não tenho mais forças para lutar pelo preenchimento de um buraco sem fundo.
Tento enganar a alma com um livro ou com uma música e até com muita cerveja e narcóticos, consigo fazê-lo mas logo após, nada mais me resta senão algumas lembranças.
Recordo o passado, recordo até as últimas linhas daquilo que me torna feliz por uma hora ou duas... mas para além disso, que mundo? Que riso? Que vida?
O nada é maçante, é cansativo. O nada é tudo para mim...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

dúvida crucial

Nas observações que vou fazendo sobre as pessoas que me rodeiam, tenho constatado que existem vários tipos estranhos de mulher por aí, e o pior: em quantidade e em variedade. Hoje, tive oportunidade de observar um outro tipo peculiar que me inquieta.
Uma daquelas garotas que são bastante gordas, mas que não desistem de usar roupas justas. No caso, esta sujeita era tão grande que ela só devia conseguir vestir as calças depois de amanteigar as nádegas para escorregar melhor.
Essas garotas são inquietantes porque estão ali apertadas por todos os lados e, imagino que um homem põe-se a pensar no que acontece com aquelas bundas enormes quando as calças saem.
Que forma tomarão aqueles vinte quilos de bunda e coxas quando não estão acondicionados na calça? Será que se esparramam ou mantêm, apesar de tudo, uma forma mais ou menos digna que permita um cara ficar com o pau feito, na eventualidade de ter que ir lá?
Se alguém tiver informações sobre isto, queira partilhá-las por favor porque, mesmo eu enquanto mulher, não consigo entender.

domingo, 12 de outubro de 2008

outra questão

A propósito da última merda que aqui escrevi, achei por bem comentar e levantar uma outra questão interessante: as mulheres podem ter atitudes "bichas"? Eu digo que uma mulher que prefere glândulas mamárias a um másculo peitoral definido, é bicha.
Para saber o porquê desta afirmação, temos de aprofundar um pouco esta discussão e expor as razões que levam um homem a ser considerado bicha.
Ser viado não é só levar na bunda. Um viado é um cara que não sabe separar o que é para foder e o que é para brincar. Sabem a expressão "não se brinca com a comida"? Um viado brinca com a comida. Não sabe discernir.
O que é que eu quero dizer com isto? Um viado fode o mesmo cara com quem assiste futebol, toma cerveja e vai pescar. Uma viada fode a mesma garota com quem faz compras, vê novelas e vai ao cabeleleiro. Ou seja, não há divisão de espaço. Ambos põe os ovos todos na mesma vasilha.
Vocês estavam à espera de uma diatribe anti-gays, mas isto, vale à pena dizer, é somente uma questão funcional.

(Atenção: o que eu escrevo não é a palavra de Deus. Embora sobre estes assuntos, ande bem perto.)

sábado, 11 de outubro de 2008

se um homem virasse mulher: puta ou lésbica?

Uma velha questão que, sazonalmente, a humanidade coloca à ela própria, prende-se com um assunto que escuto muito dos caras lá da faculdade. Alguns dizem que "qualquer MACHO, se fosse mulher, andava a comer outras garotas", no que é secundado, há outra hipótese bastante considerada por eles: "se eu fosse mulher, seria puta".
O Mundinho Insosso pergunta: se um homem acordasse mulher um dia, o que é que ele faria (evidentemente, depois de tentar descobrir a profundidade do órgão genital feminino)? Seria lésbica? Ou seria puta? Pois é, merdas. É esta a questão.
O Mundinho Insosso acha a segunda. Porque uma coisa que sempre me intrigou foi a falta de "algo" no caso da primeira opção. Além disso, se um homem fosse mulher e comesse outras mulheres estaria sendo gay. Finalmente, considerando a facilidade superior das mulheres em arranjar parceiros fodengos, é natural que, se um cara acordasse mulher, fodesse a torto e a direito.
Sei que esta opinião é polêmica e que algumas pessoas não quererão ler este espaço outra vez. Há pessoas ainda mais frágeis que estão nesse momento pensando se serão gays. São-no, com certeza. E que também há pessoas que concordam comigo.
Digam-me de vossa justiça.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

100 fucking posts!

Não imaginei que essa aventura fosse durar tanto. Começou numa noite fria de julho e se estendeu até aqui.
Houve momentos de desespero e histeria em que pensei "vou acabar com essa porra agora", abandonei o blog às traças. Mas todo bom filho retorna à casa.
Não podemos abdicar dos nossos refúgios, dos nossos portos seguros, onde podemos nos esconder do mundo, abrir o coração sem qualquer receio e até choramingar sem sentir vergonha por isso.
Poucas coisas ainda fazem sentido pra mim, e uma delas é escrever. E aqui eu sou ainda mais sincera. Sou eu, sem minha carapaça, nua e frágil. Isso me faz bem.
Eu vou continuar a escrever. Até mesmo porque a minha vida tão sempre monótona continuará me dando motivos pra vir aqui desabafar, mesmo que ninguém mais leia, mesmo que eu esteja a falar sozinha pra esse fundinho branco.
A minha vida continua sendo insossa, mas eu até gosto dela assim!
Um brinde ao Mundinho Insosso: salut! :*

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

cozinhando com a sarah

Para meu espanto e de todos os que me rodeiam, estou descobrindo a piada de cozinhar. Já haviam me falado dela - da piada - mas eu, muito desconfiada, nunca havia me arriscado.
Agora, por estar a um passo de ir morar sozinha em outra cidade, ando a brincar de cozinheira, bem ao estilo da Ana Maria Braga.
Recorro, evidentemente, aos blogs sobre culinária. Há um universo deles, como os de bebês, só que sem serem chatos e malucos. E digo mais, não só tenho feito coisas pouco comestíveis como também abomináveis e indigestas.
Moral da história sobre a minha incompetência no que concerne a gastronomia: quando eu penso que posso compensar a minha falta de habilidade dobrando os meus esforços, não há limites pra cagada que eu posso arquitetar.

muito medo

Sabem aquele sentimento absurdo que temos quando um amigo nosso começa a gostar das coisas que antes só nós é que gostávamos? Como se descobrisse o nosso tesouro fazendo-o perder um pouco do valor, tornado-o comum até. Às vezes eu sinto isso, por exemplo com artistas que 'cresceram' sem o brilho da fama mas que mesmo assim eram bons. Até que um dia eles dão um passo à frente, até a MTV, e as nossas músicas preferidas passam a ser tocadas em qualquer rádio vagabunda, exceto a Itatiaia.
Pois eu gosto da Itatiaia, sempre escuto músicas que eu gosto e não conheço. Mas, acima de tudo, eu gostaria de ouvir outras músicas do Brian Adams ou da Sarah Connor que não fossem só as músicas que tocam sempre, SEMPRE! Nem que fosse para confirmar que eu não gosto da música deles.
Em relação ao Cinema é a mesma coisa, será que o Guy Ritchie seria tão engraçado se fosse um queridinho dos grandes estúdios? Será que o David Lynch seria tão espantoso se sempre tivesse feito tudo na MIRAMAX (ou qualquer outra), com gigantescas campanhas publicitárias como foi feito com o Jurassic Park?
Sinto muito medo. Medo de que outros dos meus artistas preferidos, a exemplo da Amy, percam a autenticidade, que eles não consigam voltar atrás, que Sublime e Tom Waits comecem a tocar na Rádio Panorama seguidos de perto por Jeff Buckley. Entendem?
Medo.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

a paixão de acordo com mel gibson

Nesse final de semana, minha mãe (sempre ela) fez ressurgir das cinzas aquele filme "A paixão de Cristo". Sobre esse filme, me parece que tudo já foi falado. Já entrevistaram Rabis, Arcebispos, Não Crentes, até entrevistaram o Papa. Dizem que ele gostou.
Eu ainda não o vi (o filme, não o Papa), nem o trailer, já vi algumas imagens (do Papa também aliás). Dizem que é muito violento (o filme), e que o excesso de violência faz com que a mensagem não passe tão bem.
Será que o intuito desse filme é mesmo o de passar uma mensagem? Tenho que me informar sobre isso. Nem sabia que as produtoras Holywoodianas patrocinavam campanhas de evangelização. Será que há um apelo logo antes dos créditos?
Este filme, na minha humilde opinião, tem como objetivo incomodar as pessoas, e não só comovê-las com imagens pungentes e acordes musicais que puxam a lágrima (truque especial da Disney). Incomodar, fazer querer saber mais, mostrar a verdade. E se o objetivo do Mel não foi esse, então há algo errado ali.
Pergunto-me se foram feitos vários finais para a história que vai ser contada. Se, por exemplo, para o público fã de filmes de ação, iremos ver Jesus saltar da cruz como Neo, dar uma coça nos soldados e acabar com a raça de Judas após uma alucinante perseguição de carruagens.
Por isso, eu vou ficar atenta até ao fim, de orelhas levantadas, para ver se logo depois de darem a esponja de vinagre a Jesus ele vai gritar "Freedom!" com um forte sotaque escocês ou se vai dizer o que verdadeiro Jesus disse: "Está consumado!".
É um trabalho difícil, espero que o Mel Gibson tenha conseguido algo de bom. É sério.

"Ele está vivo!" (Jesus, não o Papa)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

sarah palin - a incógnita do momento

Algumas considerações sobre a minha xará, candidata à vice-presidência dos EUA pelo Partido Republicano. Sarah Palin tem 44 anos e é protestante, já foi prefeita e governadora do Alasca. Já foi nomeada uma das '40 maiores figuras com menos de 40' e até 'Pessoa do Ano'.
Mas eu confesso que não a entendo. Juro que não. Não entendo como uma mulher tão engajada se transformou em um Monstro Religioso obcecado com a imagem de boa moça.
Além do mais, ela tem um problema na boca que não deixa fechá-la. Fala compulsivamente, e pior do que isso, só asneiras. Desse jeito, é óbvio que ela vai afundar a próspera candidatura de John McCain.
Sabe, parece que a idade anda lhe fazendo bastante mal. Está com ares de estúpida e afetada, com a correspondente voz nasalada. Devia cortar as cordas vocais, remeter-se a um silêncio absoluto e arranjar um amante.
Sarah Palin está maluquinha, não diz coisa com coisa, se embaralha e se perde nas suas idéias. Se continuar assim, irão jogá-la em um manicômio e ela passará o resto de seus dias a se babar e a falar da metafísica da conjuntura inerente à capacidade do legislador ordinário e subseqüente ao ordenamento jurídico americano.

sábado, 4 de outubro de 2008

assim não dá!

Não temos treinador, nem uma equipe decente para o Brasileirão. A nossa defesa anda aos papéis, os melhores jogadores estão sempre lesionados (ou expulsos), não sabemos segurar resultados, tanto ganhamos por 4 como perdemos por 3...
Mas estou aqui com uma fezada na cabeça: a mania do Vasco da Gama de desfazer os nossos sonhos.
É, ainda por cima, curioso o destino. O jogo em que jogamos melhor nos últimos tempos, foi o jogo que perdemos. O jogo em que podíamos sonhar, foi quando nos cortaram as asas...
Continuo puta da vida. Aliás, como poderia estar de outra forma?