As coisas estão estranhas. Sempre foram, a bem da verdade, ou talvez sejam demasiado simples para as entender (ou querer entender). Nem sequer sei o que sinto, quero sentir ou devo sentir. Neste momento vejo tudo em nevoeiro. Sinto tudo em nevoeiro também. Porque pior que se turvar a visão é tolhir o coração.

Não há culpa. Mas também não há inocência. Intimamente, eu sempre tive uma certeza discreta que isto só poderia resultar em um esplendoroso fosso de merda, comigo atolada até as orelhas. E bem aqui do alto do meu egoísmo, egocentrismo, melancolia e dramatismo, eu pergunto: porra, por que é que tudo tem que ser tão complicado, confuso e vertiginoso?
Está decidido! Vou vender o argumento central da minha vida para uma novela do SBT.