terça-feira, 11 de março de 2008

feminismo de cu é rola

Hoje eu tô tão cansada que não estou nem um pouco a fim de ter que sair de casa com esse puta sol na cabeça pra ir a faculdade. Quero ficar em casa ouvindo minhas músicas, cantando até. Tudo menos ter que sair, engatar uma primeira e botar o cérebro pra funcionar.
Eu fico pensando, a vida das nossas avós era uma maravilha. Elas passavam o dia bordando, trocando receitas com as amigas, segredos de remédios e temperos, iam a saraus e óperas, liam os bons livros das bibliotecas e dos maridos, criavam e educavam as crianças. Enfim, a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária.
Até que uma fulaninha, que não gostava de sutiã e muito menos de espartilho, teve a infeliz idéia de "vamos conquistar nosso espaço?".
Porra, mas que espaço minha filha? Vocês já tinham a casa toda, o bairro todo, vocês tinham o mundo aos seus pés! Detinham poder absoluto sobre todos. Os homens dependiam de vocês pra fazer qualquer coisa, pra comer, pra vestir, pra exibir pros amigos, mas que merda de direitos requerer?
Agora eles estão aí, todos confusos. Já não sabem que papéis desempenhar na sociedade. E o pior, fogem de nós como o diabo foge da cruz! Essa palhaçada só gerou confusão e nos condenou à solteirice aguda.
Tava na cara que essa brincadeirinha não ia funcionar! Queria saber quem foi a matriz das feministas inconseqüentes e porque ela fez isso conosco que nascemos depois dela.
Não agüento mais ter que me submeter ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratante, escolher que roupa vestir, que sapatos e acessórios usar, ou qual perfume combina com meu humor. Ter que sair desesperada rua afora pra não me atrasar, correndo o risco de ser atropelada, assaltada e passar o dia corcunda na frente do computador ou resolvendo 500 exercícios lá da Engenharia.
É tudo culpa dessas malditas feministas de merda!
Somos cobradas por nós mesmas pra estar sempre em forma(leia-se anoréxica), linda, sorridente, sem estrias, depilada, cheirosa, com unhas feitas, sem falar nos currículos pra lá de dramáticos, repletos de mestrados, doutorados, pós-doutorados e especializações.
PUTA QUE PARIU!
Não era muito melhor ter ficado na cadeira de balanço fazendo tricô ?

Um comentário:

Wury disse...

Só pra reforçar, se não fossem as mulheres saindo atrás de espaço e, depois, atrás do mercado de trabalho, não existiria desemprego!