segunda-feira, 10 de março de 2008

um rivotril, por favor

Faz uns 3 meses que eu já não quero absolutamente nada. Não tenho vontades, como se eu mesma não fosse da minha conta. Perdi o sonho. O desejo. O apetite (é óbvio que isso não é verdade... mas fica a idéia).
E depois de tanto tempo de férias, os últimos dias agora me parecem como se tivessem vindo de um universo paralelo. O mundo está estranho, as pessoas estão diferentes. São faces sem rostos no meio da multidão.
Até a brisa parece trazer um ventinho diferente, mais pesado, mais solitário... tudo está diferente e, principalmente... EU.
Estou deprimida? Tudo bem, me desleixei por completo durante esses 3 meses que se arrastaram penosamente, devo ter engordado uns 10kg sem sequer mudar a minha alimentação e bem... isso pode ser um sintoma.
Mas não sou capaz de me deprimir, aliás, sempre enfrentei todas as adversidades de frente sem reclamar tanto pelos cantos pra toda gente. O passado é passado e a vida tem que ser vivida sem remorsos... ou pelo menos, era assim que eu costumava pensar.
Não, não estou deprimida, já disse que não sou de me deprimir. Devo estar, antes de mais nada, farta. Farta da rotina e de ver sempre as mesmas caras, farta de situações e emoções simultâneas e passageiras.
Tenho saudades da espontaneidade, da criatividade, do maravilhar-se com qualquer bobeira, feito criança mesmo.
Se calhar, tenho saudade de ser eu. Verdadeiramente, sem máscaras nem moldes, sem adaptações ou subterfúgios...
Onde estou? Ou melhor, onde me perdi? Ou ainda melhor, onde perdi a minha faísca? Até ia à minha procura, mas não é da minha conta mesmo...

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