sábado, 9 de agosto de 2008

minha vacuidade

Por que o caminho para a felicidade tem que ser tão sinuoso? Qual o porquê de tantos penhascos, abismos de solidão e angústia e cruzamentos de dúvidas e incertezas?
Pobre dos que sonham, mal-aventurados os que amam. É muito mais fácil viver a vida desapaixonadamente. Saber que cada segundo vale simplesmente um segundo. Saber que tudo pode ser racional e controlado. Saber que se pode conquistar amor sem amar.
É muito mais simples!
Mas é muito mais incompleto. Falta o sal, o sabor. A imprevisibilidade da paixão e o prever tantos futuros, tantos castelos na areia, tantos sonhos que se esfumam com a angústia de uma neblina matinal.
Às vezes me sinto tão cansada... e também vazia. Sinto uma vontade enorme de me apaixonar de verdade mais uma vez. Depois de tanto tempo eu questiono se ainda tenho um coração capaz de sentir.
E não, realmente não foi paixão. Foi mais um erro de cálculo. Outro erro. Não há o que lamentar, apesar de querer fazê-lo. Talvez por ter acreditado demais que podia ser algo maior e que algum dia pudesse dar certo. Tem que saber ler os sinais e nisso, como se sabe, sou analfabeta por princípio e lerda de nascença.
O cansaço pode moer, mas sei que viver sem amor é muito pior do que isso. Sem paixão o sentido da vida perde um pouco do sentido.

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