quinta-feira, 25 de outubro de 2007

gentalha, gentalha!

Engraçado como felicidade é uma coisa que incomoda! Engraçado como a minha alegria incomoda, mas justo a minha?, tão breve e pouca que passaria despercebida. Justo eu que ando pelos cantos chateada com alguma idiotice - ou algum idiota - e nem sempre estou tão feliz. Pra ser honesta, na maioria das vezes ou estou beirolando ou estou enfrentando uma nova crise existencial, embora a maioria das pessoas pense o contrário e por mais que, ultimamente, eu até ande de bem com a vida. Mas é aí que começa a confusão! Eu sorrio demais, sorrio quase o tempo todo, isso alfineta alguns.
Felicidade incomoda, e incomoda tanto que há quem não se agüente vendo os outros felizes! Aí sai logo soltando veneno, colocando em xeque, questionando, fofocando, inventando, basicamente: fudendo legal com a sua vida. Li outro dia que "as pessoas são exatamente do tamanho de seus atos!", gente capaz de coisas baixas e imorais é gentinha e gentinha não é lá exatamente gente, é gentalha.
Então eu fico incomodada, me irrito. Gentalha tem em todo lugar e não adianta falar "mas lá todo mundo é bacana" porque quando você menos espera a pessoa mais improvável surge das cinzas pra te azucrinar, tentar te colocar pra baixo e, por mais que você não queira se abalar, acaba se tornando parte do joguinho imundo.
Gentalha é descartável. Ela aparece na sua vida cagando com alguma coisa mas você tem que jogá-la fora. É tão descartável que se você pensasse nela, provavelmente a desprezaria, mas você não consegue nem pensar nela de verdade, pensa apenas nessa postura, ou descompostura, ridícula da gentalha.
E quando não é alguém te aborrecendo com as coisas de sempre, é alguém discutindo idiotices, não ajudando em porra nenhuma mas disposto a atrapalhar, afinal, "o importante é participar". Na faculdade você encontra esse tipo. Na minha, por exemplo, tem aos montes. Se você quer encontrar imbecis basta ingressar no ensino superior onde todo mundo sente uma necessitade vital de se mostrar maior e maduro, com aquelas opiniões retardadas, falando ao mesmo tempo, comentando e dando pitaco em todos os assuntos, até mesmo na conversa da mesa ao lado que não lhes diz respeito algum, cuspindo asneiras pra todos os lados. O pior é que essa merda toda ainda respinga em você e esse é um bom motivo pra ficar puto da vida.
A única vantagem nisso tudo é que já não me entristeço mais como antes porque não espero nada melhor dessas pessoas, não há surpresas. A minha resposta a isso é sorrir mais, fazê-los pensar porque eu ainda continuo aqui. E, graças a Deus!, que eu sou o suficientemente chata, presunçosa e persistente pra pular fora, já fiz isso outras vezes sem a ajuda de ninguém, já descartei outras pessoas em outras situações, agora não poderia ter sido diferente. Não faltam coisas legais nesse mundinho insosso pra eu fazer, então não vou morrer de tédio por isso.
Pra quem fica e pra quem acha que incomodo, deixo um recado: eu mal comecei!




[ não queria ter sido tão arrogante, mas alguns fatos não podem passar em branco ]

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