quarta-feira, 31 de outubro de 2007

nostalgia

Há muitos anos - ou pelo menos 6 - as coisas costumavam ser bem diferentes. Se eu corria, era pra tirar o pai da forca, se jogava verde era pra colher um fruto doce e maduro, não caía de cavalo magro e sabia com quantos paus se fazia uma canoa, o quê não me impedia de, vez ou outra, embarcar numa canoa furada. Eu tinha a faca e o queijo nas mãos.
Mas isso tudo era antigamente, isto é, outrora!
Atualmente as coisas são bem diferentes. Se eu corro, é contra o tempo. Se eu jogo um verde, colho frutos podres ou azedos. Já não me lembro tão bem como é uma canoa ou quantos paus são necessários pra construí-la, embora eu só embarque em canoas furadas. Tudo foi se perdendo por aí: toda minha pureza, junto com outras coisas minhas que já estão esquecidas na memória, e de tão esquecidas já não sei se ainda as tenho ou se cheguei as ter realmente.
Viver já não foi uma sangria desatada pra mim.

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