sexta-feira, 29 de agosto de 2008

the bright side

A aleatoriedade da vida nos diz que às vezes se ganha e outras tantas vezes se perde. Contudo, há momentos em que os dados parecem estar viciados e que, por mais que joguemos, que arrisquemos, que tenhamos bom parceiro, bom jogo, bom instinto, tudo parece ir mal. A isso se dá o nome de azar.
O estranho é que esse azar parece andar sempre atrás de nós, como aquela merda grudada na sola do sapato, uma sombra que nos persegue, uma nuvem que vai despejando granizo em cima da alma da gente, tornando-nos uma espécie de perdedores compulsivos.
E acordar um dia com uma falsa esperança de que a sina mudou, de que o mundo nos sorri e que finalmente chegou a hora de sermos contemplados pelo Sol, para perceber depois, da pior maneira possível, que estamos destinados a ter sempre destinos desencontrados, a estarmos no lugar certo na hora errada, a caminharmos sempre num denso nevoeiro.
Eu acredito, porque sou esperançosa por natureza, que um dia tudo isso vai mudar e o Sol vai raiar pra mim. E como diria o Pedro, em raro momento de eloqüência, nós vivemos em um mundo de bilhões e algum desgraçado tem que bater comigo né!


"Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára"
[Cazuza]

Um comentário:

Anônimo disse...

O Woody Allen falou que se você quiser fazer Deus rir, é só contar a ele seus planos para o futuro, por isso gosto muito do meu jeito pessimista de ver as coisas: sem expectativa não há frustração!