terça-feira, 10 de novembro de 2009

uma nota de decepção

Mais um castelo que se desmoronou. Irremediavelmente? Por pouco tempo? Não sei. E sinto-me magoada. Não, não me sinto magoada. O que há em mim é sobretudo desilusão, por pensar que conhecia os outros e julgar que nunca alguém seria capaz de chegar a este ponto crítico de falta de caráter e hombridade.
Estou profundamente decepcionada. Com a falta de coragem das pessoas, coragem pra serem sinceras umas com as outras, mas principalmente pela falta de coragem para entenderem e lutarem pelo o que elas sentem e acreditam.
Falta-lhes dignidade. Sobra-lhes egoísmo. A mim falta olho crítico e me sobra compaixão, e são essas coisas que, combinadas entre si e em regra geral, nos fazem sentir assim da forma como estou agora... as malditas expectativas que se elevam sem uma justificativa racional.
E custa ver que ninguém vale a merda que caga, que as palavras não passam de dissimulações. Custa saber que acreditamos no que havíamos jurado não acreditar mais, por termos nos deixado levar pelo que prometemos resistir. E o pior de tudo é saber que estamos essencialmente desiludidos conosco pela nossa cegueira.
Não sei como reagir a isso. A única coisa que tenho como certa, é tudo o que sinto. E isso, sinceramente, não ajuda mesmo em nada...

2 comentários:

evenflow disse...

A única reação é não reagir,é simplesmente ter em mente que se você está criticando tal comportamento,você não é igual e não precisa ser igual,e mantendo isso em mente,muito menos cometer o mesmo erro de decepcionar um próximo,pois você terá a consideração que teve consigo mesmo no momento que esta passando agora.

Inominado disse...

um professor meu quando falou das pessoas disse uma coisa interessante eque talvez se relacione com aquilo que te desilude...
é que ando no curso de direito e então quando se fala da sociabilidade do homem costuma se dizer que a existência de sociedade lhe é inerente como mecanismo de autoprotecção e subsistência, numa especie de um por todos todos por um ..
mas depois também nos dizem que a origem da palavra pessoa vem do grego persona .. sendo persona uma personagem , uma mascara de outro que nao tu representando no palco outro alguém .. acho que é mesmo esse o problema .. dificilmente conheces alguém que seja aquilo que é.. todos se esforçam por esconder o bichinho que têm por dentro , aqueles defeitos que ate para nos nos torna deploráveis.. então adoptamos uma estratégia muito simples que é adoptar uma personagem e ser assim aos olhos de outras pessoas.. só as que nos são mais próximas é que chegam a conhecer mais e mais do verdadeiro "eu" e mesmo a essas so mostramos o que queremos.. acho que é muito por isso que as grandes desilusões se devem mais a não conhecermos bem as pessoas do que serem elas a mudarem de atitude.. o que acaba por acontecer é elas agirem como são verdadeiramente e aí então se vê o que está por detrás da mascara.. e por vezes ( talvez a mais das vezes ) a coisa não é muito bonita..enfim..


é so uma retardadice das boas