terça-feira, 10 de julho de 2007

análise de cerveja I


Curiosa a forma como nossos hábitos comportamentais vão se alterando com o decorrer dos anos ou até mesmo com a tão esperada maturidade e, no meu caso, com a resistência alcoólica.
Quando era mais nova tinha, ainda, uma idéia de paixão idealizada, a hipótese de beijar pelo simples fato de beijar era desgostosa. Assim como, também naquele época, não ingeria unidades alcoólicas com tanta freqüência e ganância.
O tempo e a quantidade de cerveja ingerida, aliados à vexames, pérolas e adjacentes, nos fazem repensar nossos conceitos, pré-conceitos e toda essa chatice.
Acontece é que me peguei pensando de uma forma estúpida na última vez que sentei em um bar pra beber com amigos.
Olhava ao redor e contabilizava: esse aí depois de umas 5 latinhas eu pego, o amigo dele depois de umas 10 mas aquele ali, nem com um engradado.
Meu senso crítico de uns anos pra cá tem se resumido à minha embriaguez, partindo do pressuposto de que minha vida tem sido uma mangüaça sem fim. O que não significa um desagrado da minha parte. No entanto, a única coisa que me incomoda nisso tudo é que já não sei mais se faço as coisas sóbria ou não, e eu acho que as pessoas têm essa mesma impressão...

Um comentário:

Jessica disse...

O problema é que é cômodo tomar certas atitudes depois de ter enchido a cara. Por dois motivos, o primeiro é que vc não tem que assumir as conseqüências depois (é só soltar um: "ah, mas eu tava bêbada..."), e segundo que o álcool facilita tudo (em termos de timidez, etc).
O fato é que medir os caras de acordo com o nível de álcool no sangue (o que eu também faço) é só um jeito que a gente arruma de se esquivar da zoação da galera depois, porque se você pegar um feio enquanto bêbada, é completamente justificável, mas se pegar sóbria, aí minha filha, a zuação começa.
Mas isso é engraçado, porque eu sou EXATAMENTE igual à você nesse ponto. Depois de bêbada eu me solto e passo a não dar a mínima pro que vão falar de mim... e saio pegando mesmo.