quarta-feira, 8 de outubro de 2008

muito medo

Sabem aquele sentimento absurdo que temos quando um amigo nosso começa a gostar das coisas que antes só nós é que gostávamos? Como se descobrisse o nosso tesouro fazendo-o perder um pouco do valor, tornado-o comum até. Às vezes eu sinto isso, por exemplo com artistas que 'cresceram' sem o brilho da fama mas que mesmo assim eram bons. Até que um dia eles dão um passo à frente, até a MTV, e as nossas músicas preferidas passam a ser tocadas em qualquer rádio vagabunda, exceto a Itatiaia.
Pois eu gosto da Itatiaia, sempre escuto músicas que eu gosto e não conheço. Mas, acima de tudo, eu gostaria de ouvir outras músicas do Brian Adams ou da Sarah Connor que não fossem só as músicas que tocam sempre, SEMPRE! Nem que fosse para confirmar que eu não gosto da música deles.
Em relação ao Cinema é a mesma coisa, será que o Guy Ritchie seria tão engraçado se fosse um queridinho dos grandes estúdios? Será que o David Lynch seria tão espantoso se sempre tivesse feito tudo na MIRAMAX (ou qualquer outra), com gigantescas campanhas publicitárias como foi feito com o Jurassic Park?
Sinto muito medo. Medo de que outros dos meus artistas preferidos, a exemplo da Amy, percam a autenticidade, que eles não consigam voltar atrás, que Sublime e Tom Waits comecem a tocar na Rádio Panorama seguidos de perto por Jeff Buckley. Entendem?
Medo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu cago...

Para momentos como esse, sempre haverá Cat Stevens!