
Quando saí do bar, encontrei o Frederico do lado de fora, bêbado feito doido e com o rabo cheio de cocaína, oscilando pra frente e pra trás, por fim, não se agüentando, caiu e disparou a berrar. Um berro inacabável de 2 minutos que daria pra leite coalhar. Provavelmente ouvido lá em Manaus.
Ajudei-o a se levantar e o levei até o táxi. Abri a porta e ele caiu. De novo soltou um uivo que mais pareceu um porco sendo abatido. Estava apaixonado naquela imunda da Adriana, coitado. Por fim, consegui assentá-lo e entrei pela outra porta.
Chegando na esquina da Avenida Independência com a Avenida Rio Branco, o retardado me solta outro berro. O motorista olhava embasbacado o sujeito esgoelar. Acendi um cigarro. Não vai mais parar, pensei, vou ter que lhe dar um soco. Não sabia o que fazer. Não havia nada que eu pudesse fazer. Uma hora parou e só soluçava. Se ele abrir o berreiro de novo, vou ter que dar um soco, não agüento mais nenhum.
Larguei-o no pronto-socorro. O Frederico, os outros bêbados, os outros pobres que esguichavam sangue visceral até pelas orelhas e os tantos outros casos piores de indigência. Cada um com problemas graves, porém, diferentes. E muitos não voltariam.
Larguei-o no pronto-socorro. O Frederico, os outros bêbados, os outros pobres que esguichavam sangue visceral até pelas orelhas e os tantos outros casos piores de indigência. Cada um com problemas graves, porém, diferentes. E muitos não voltariam.
*[créditos a DeeDeeKing pelos vetores usados nas imagens]
3 comentários:
i think you add more info about it.
very nice! hahahahaha
Não consigo comentar...
Estou assustado com os cometários spamers de blogs!
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